domingo, novembro 11, 2001

Minha cabeça tem andado cheia de tantas coisas , que nem tenho tempo para escrever ,ou mesmo pensar, no que escrever aqui neste humilde blog. Mas o desejo , isto mesmo o desejo, de ter a mente sempre funcionando como um computador de última geração , como se o nosso lado emocional não interferisse nisto , é que me faz continuar teclando minhas parcas idéias.(que fingimento mais infantil este meu!!) Eu falei em desejo , e o desejo fora a sua conotação sexual (é a primeira que nos vem a cabeça) tem também a forma mesmo que primária de se manifestar , mesmo que inconsciente em progredir , em avançar , no desejo de aprender,descobrir, buscar novas informações . Em 1949 o pintor holandês Nieuwenhuis Constant escreveu na Revista Cobra (vindo das primeiras letras das cidades de Copenhagem,Bruxelas e Amsterdã) surgida de um grupo que rompeu com o movimento surrealista belga , O seguinte texto: "...falar de desejo siginifica falar do desconhecido, do desejo de liberdade...A liberdade de nossa vida social, que propomos como primeiro compromisso, abrirá a porta para um novo mundo... é impossível conhecer um desejo sem satisfazê-lo, ea satisfação do desejo é a revolução ...A cultura de hoje , sendo individualista , substitui a criação por 'produção artística' , e produziu nada mais que sinais de trágica impotência ...Criar é sempre descobrir o que não sabe ... É o nosso desejo que faz a revolução". Para mim estas palavras representam a verdadeira essência da nossa vida, esta eterna busca pelo novo, que não é nada mais do que o nosso próprio interior buscando expandir-se , e que hoje em dia vem sendo tratado como bobagem ou coisa inútil, e que faz com que a mediocridade impere em vários setores . Não permitir deixar de pensar, de questionar os acontecimentos a nossa volta , é o que nos diferencia dos seres ditos irracionais. É... pode ser bem primário isto tudo que está escrito , mas para que mais nós podemos exitir do que para fazer com que nossa vida seja a melhor possível , e onde possamos realizar senão todos , já que é impossível, mas grande parte dos nossos desejos , e consequentemente permitir que os outros realizem os seus.

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