quinta-feira, novembro 29, 2001

Atualmente estou lendo o livroAssalto á Cultura de Stewart Home , e este livro traz vários movimentos ditos underground e tem influenciado alguns dos meus posts neste blog . Através do livro andei fazendo algumas pesquisas , e gostaria de citar algumas destas histórias destes movimentos . O movimento Fluxus fundado no início dos anos 60 teve várias performances realizadas nos EUA e na Europa , onde citarei trechos de algumas dessas performances: - Em Memória de Adriano Olivetti de George Maciunas
"Cada performer escolhe um número num papel usado de máquina de calcular. O performer atua toda vez que o seu número aparece numa linha .Cada linha indica o ritmo do metrônomo ( Nota: instrumento que marca o compasso musical) . exemplo de acões que podem acontecer em cada aparição do número: 1) levantar e abaixar de chapéus 2 ) sons com a boca , os lá bios ou a língua 3) abrir e fechar de guarda-chuvas, etc."
Outro exemplo seria a peça " Música que Desaparece para o Rosto" de Cheiko Shiomi :
" Mude gradualmente de sorriso para o não-sorriso".
Também interessante foi o Festival de Desajustes em Londres realizado em 1962, onde "Peça de Guitarra" de Robin Page , foi considerado como destaque da noite de música de ação. Aqui a descrição da peça no livro The Unknown Art Movement segundo Stewart Home: " Vestido com um reluzente capacete prateado e segurando sua guitarra pronta para tocar.Robin esperou alguns minutos antes de jogá-la no palco violentamente e chutá-la na direção do público, pelo corredor e escada abaixo, até sair na rua Dover.O efeito foi dramático , os espectadores levantaram-se e correram atrás dele enquanto ele dava voltas no quarteirão chutando o que ainda sobrava da guitarra.O céu noturno estava iluminado por uma tempestade de raios..."
Isto pode ser para você tudo uma grande bobagem , mas na realidade isto para eles não importava já que o objetivo era divertir e chocar as pessoas, eu ainda digo que aí está o grande barato de ser artista poder ser e representar um ou vários papéis , ser mau , bom, perverso , sempre com a visão crítica que é necessária para a criação artística em si .Coisa que falta nesta insurportável padronização e excesso de " artistas perfeitos para serem o meu genro ou nora " ou mesmo " o filho que eu queria ter" que se vê por aí.
Viva a Diversidade!!.

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